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domingo, 29 de janeiro de 2012


Eu canto a vida
eu canto o instante que nela se faz presente
ou mesmo ausente.

Eu grito o incerto da vida,
eu grito a incerteza de viver
ou até mesmo a certeza de morrer.
Eu canto ao vento que sopra
e ao perfume dos meus pensamentos.

Eu viajo nos meus desejos de liberdade,
nos meus atropelos de santidade
e até mesmo nos de ter fracassado
mas também nos de ter vencido com sacrifício.

Na verdade eu canto a Deus,
canto aos deuses
canto todos os dias
aos meus recomeços de uma nova oportunidade
de viver, de gritar e de sonhar...

Eu dou o recomeço onde finalizou,
eu recomeço no meu olhar,
e no meu intenso desejo de concretizar
o que sempre insisto/persisto em realizar.

Cadê meus amores,
cadê meu amor, cadê o meu amor?

Cadê você,
cadê eu que alço voo para tentar voar,
o voo da liberdade,
o voo do recomeço,
o voo do alento
o voo da descoberta
de cada passo,
de cada sonho,
de cada memória que recomeça
a cada reação dos meus sentidos,
das minhas decisões que se passaram
e as que estão por vir a passar...

Cadê o tempo,
cadê os tempos?

Aqueles que passaram
e aqueles que sobraram
pela intensa força e vontade de existir.

Mais eu canto,
eu sonho,
eu voo...

Sim,
eu alço voo em busca dos meus próprios passos...


(Gilvan Lourenço - Dez/2010)

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