Radio

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dedico ao grande e inesquecível amigo Paulo.


Quantas vezes sonhei,
quantas vezes desejei
um abraço,
um beijo,
um afago,
um olhar,
um aperto de mão,
um sono, um sonido de palavras bonitas,
sinceras, únicas, nossas...
Quantas vezes meu Deus, conquantas tais e tantas, com as quais me vestia de quimeras,
as quais irreais reais, completas de afagos, de amor, é, de amor...
Eras um sonho, um som clássico aos meus ouvidos.
A minha alma, esta que sonha, esta que deseja, esta que te espera.
Lábios que te envolve, corpo que me seduz, olhar que me transfigura inerte de desejo,
desejo de ti.
Aqueles dois corpos que podia se envolver, que podia se laçar e traçar num ângulo desnudo,
absurdo de eloquências inerentes de um fogo transcedental de paixão.
Olhares, corpos, beijos, cheiros, abraços, afagos...
Corpos que se separam, almas que se completam,
amor que se desvenda e se descobre.
Amor que me completa, que me cobre de luz, de libido.
Melancolia que não vem mais, como de outrora.
Pela simplecidade do fato de que o meu sorriso é minha alegria,
é a salvação que se ausentava,
é a ação que se propaga do teu sorriso,
da tua alegria,
do teu semblante em minha memória,
em meus sonhos,
em meus desejos,
os quais,
neles,
já habitam você,
assim como ontem,
assim mesmo como hoje que sinto saudade e vontade de ter você,
aqui,
pertinho de mim!
(Gilvan Lourenço - São José da Mata, 27 de fevereiro de 2012)
às 09h17

sábado, 25 de fevereiro de 2012


"Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem. Armas de fogo, meu corpo não alcançarão”.
(Jorge BenJor)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A VELHICE DE UM CÃO

Seu cachorrinho já lhe terá proporcionado muitas alegrias.Cuide para que tenha um final de vida feliz.

Sempre que for possível deixe que ele permaneça ao seu lado,pois este será ,
realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice.A grande
despedida está próxima,e ele, por instinto sabe disto.É natural que
deseja a companhia daquele que aprendeu a amare respeitar durante sua vida.Não o abandone agora.Ele já não será aquele animal bonito de
antes.Seu pêlo começa a cair,seu caminhar perdeu a elegância e sua cabeça, penderá, cansada, sobre suas patas.Somente seu olhar
acompanhará os passos de seu dono.Lembre-se que,dentro do peito, ele ainda possui aquele coraçãoque vibrará com o som da sua voz, do seu mestre.E, chegando ao fim, não se envergonhe, chore.Você acaba de perder o mais dedicado dos amigos... O Cão

(BRUNA LOMBARDI)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Saudades



Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos,
quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi...
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo, em italiano, em inglês...
mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados...
para contar dinheiro...
fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.
Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência...
(Clarice Lispector)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A ação da amizade.


A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!O egoísmo afasta as pessoas e as isola.A amizade as aproxima e irmana.O medo agride as almas e infelicita.A amizade apazigua e alegra os indivíduos.A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.A amizade é fácil de ser vitalizada.Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.
(Joanna de Ângelis)

O Erro.



Quem é que nunca fez nada de
errado?
Naturalmente, todos nós, algumas
vezes na vida, cometemos erros, seja intencionalmente ou não.
O erro faz parte do
aprendizado.
Por trás de todo erro está a
ignorância, o orgulho, ou o egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o
orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por
pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os
padrões sociais ou as diretrizes éticas estabelecidas, mas sim suas
conseqüências sobre o indivíduo e a sociedade.
O que torna algum gesto desacertado
são os seus efeitos malignos.
Erramos quando nossos atos ferem
alguém. Quando invadimos o direito à felicidade do próximo. Quando destruímos,
ao invés de construir.
Numa palavra, erramos sempre que
geramos sofrimento para os outros ou para nós mesmos.
Por estar vinculado ao sofrimento,
vemos que o erro não é um bom negócio.
Entretanto, se formos sábios,
saberemos tirar frutos dele.
De uma forma muito especial, Deus
sempre cuida para que, dos nossos equívocos, tiremos algo de bom.
Isto acontece por meio da Lei de
Causa e Efeito, que faz com que todo o bem, como todo o mal realizado retorne ao
seu realizador.
No campo dos sofrimentos isto se
chama expiação.
Mas para tornar o processo menos
penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação.
Arrepender-se é, portanto, o
primeiro passo na correção de um desatino.
Existem pessoas que só se arrependem
dos seus erros quando estão colhendo as conseqüências.
Quanto mais demoramos a nos
arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um
desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se havia feito
mal.
Mas nem todas as faltas implicam em
prejuízos diretos e efetivos.
Quer dizer, nem sempre teremos de
expiar, ou sofrer.
Nesses casos, a reparação se opera
fazendo-se o que deveria e foi negligenciado. Cumprindo deveres desprezados,
missões não preenchidas.
Quem tem sido orgulhoso, buscará
tornar-se humilde. O rude procurará ser amável. O ocioso passará a ser útil e o
egoísta, caridoso.
Costuma-se dizer que errar é
humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio
dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua
fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o
infelicitam.
Reconhece-se, então, o homem de bem
pela capacidade com que ele substitui seus defeitos por virtudes
superiores.
* * *
Os efeitos dos nossos atos se
estendem, muitas vezes, para além da existência atual.
Isso explica os sofrimentos atuais,
cujas causas não se encontram no presente.
Várias vezes estamos recebendo hoje
os efeitos de nossos atos de vidas passadas.
Nenhum Espírito atinge a perfeição,
sem antes reparar os erros do seu caminho evolutivo.
Por isso, hoje é o dia de fazer o
melhor!

Redação do
Momento Espírita Disponível no CD Momento Espírita, v. 1,
ed. Fep.Em 11.01.2010.

Um minuto apenas...



Lúcia era uma mulher feliz.
Como poucas, acreditava.
Casada com o homem por quem se
apaixonara nos verdes anos da adolescência, vivia o sonho da mulher realizada.
Um filho lhe viera coroar a felicidade.
Que mais ela poderia
desejar?
Acordava pela manhã e saudava o dia
cantarolando. Com alegria realizava as tarefas do lar, cuidava do filho,
aguardava o marido.
Tudo ia muito bem. Até o dia em que
descobriu que o homem que tanto amava, a traía. E não era de agora. O problema
vinha tomando corpo de algum tempo.
Magoada, se dirigiu ao marido.
Exigiu-lhe e falou-lhe de respeito.
A resposta foi brutal, violenta. O
homem encantador tornou-se raivoso, briguento. Chegou a lhe bater.
Foi nesse dia que Lúcia teve a
certeza de que seu casamento acabara. Era o cúmulo.
Não poderia prosseguir a viver com
alguém que chegara à agressão física.
Então, acordou na manhã de tristeza,
depois de uma noite de angústia e tomou uma séria decisão.
Iria se matar. Acabar com a própria
vida. Mais do que isto. Ela desejava vingança.
Por isto, tomou o filho de 4 anos
pela mão e decidiu que o mataria. Queria que o marido ficasse com drama de
consciência.
Seu destino era o Farol da Barra, na
cidade de Salvador, na Bahia, onde residia. Ela sabia que era um local onde o
mar batia com violência no penhasco.
A rua por onde transitava era
movimentada. Muitos carros. Enquanto aguardava para atravessar a rua, a criança
lhe escapou das mãos e correu, entre os carros. Ela se desesperou.
Estranho paradoxo. Conduzia a
criança pela mão e tencionava jogá-la do penhasco ao mar para que
morresse.
Mas, quando a vê correr perigo,
esquecida de si mesma, vai-lhe ao encontro, agarra-a, até um pouco raivosa.
Puxa-­a pela mão.
Neste momento, a criança se abaixa,
alheia a tudo que se passava, e recolhe do chão um papel.
Lúcia o arranca das mãos do pequeno
e um título, em letras grandes, lhe chama a atenção: Um minuto
apenas.
Ela lê: Num minuto apenas, a
tormenta acalma, a dor passa, o ausente chega. O dinheiro muda de mão, o amor
parte, a vida muda.
Vai andando, puxando a criança e
lendo a página. Era uma página mediúnica que vinha assinada por um
Espírito.
Ela terminou de ler. Passou o
ímpeto. Em um minuto. Parou, olhou ao redor e verificou que tinha chegado ao seu
destino. O penhasco estava próximo. Sentou-se e teve uma crise de
choro.
O impulso de se matar havia
desaparecido. Tornou a ler a mensagem. Ela se recordou de um senhor que era
espírita e trabalhava no Banco, no mesmo onde seu marido trabalhava.
Foi para casa. Lembrou que um dia,
jantando em casa dele, ele falara algo sobre Espiritismo. Algo que ela e o
marido, por terem outra formação religiosa, rechaçaram de imediato.
Ela lhe telefonou, pediu-lhe
orientação e ele a encaminhou a um Centro Espírita.
Atendida por companheiro dedicado,
que lhe ouviu os gritos da alma aflita, passou a buscar na oração sincera, na
leitura nobre, no passe reconfortante, as necessárias forças para superar a
crise.
O marido, notando-lhe a mudança, a
calma, no transcorrer dos dias, a seguiu em uma das suas saídas do lar.
Desconfiado, adentrou ele também à Casa Espírita. Para descobrir uma fonte de
consolo e esclarecimento.
Hoje, ambos trabalham na Seara
Espírita. Reconstituíram sua vida, refizeram-se. Os anos rolaram. O garoto é um
adolescente e mais dois filhos se somaram a ele.
* * *
Mudança de rumo. A vida muda. Em um
minuto apenas. Em um minuto apenas Deus providencia o socorro.
Pode ser um coração atento, uma mão
amiga ou um pedaço de papel impresso caído na calçada. Papel que o vento não
levou para longe.
Um minuto apenas e o amor volta. A
esperança renasce. Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens, clareando
tudo.
Não se desespere. Espere. Um minuto
apenas. O socorro chega. O panorama se modifica. A vida refloresce.
Tenha paciência. Não se entregue à
desesperança. Aguarde. Enquanto você sofre, Deus providencia o
auxílio.
Aguarde. Um minuto apenas. Sessenta
segundos. Uma vida.
Um minuto a mais...
* * *
Em um minuto apenas, a Misericórdia
Divina se derrama, cheia de bênçãos, nas vielas escuras dos passos humanos.
Corrige, saneia, repara, transformando-as em estradas luminosas no rumo da vida
maior.

Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 24 do livro O Semeador de Estrelas, de Suely Caldas
Schubert, ed. Leal.
Disponível no CD
Momento Espírita, v. 1, ed. Fep. Em: 11/1/2010.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Nessa Vida Estou De Passagem Mas Nao Vim A Passeio.


Do rito de passagem
Não se esqueçam de que, na vida, existe uma coisa chamada “rito de passagem”. Quando decidimos mudar, quando estamos prontos para o próximo salto, precisamos ritualizar este momento.Todas as religiões têm isso: festa de 15 anos, casamento, formatura.O rito de passagem traz responsabilidade ao ato da mudança. Vá a um lugar sagrado – uma igreja, um bosque, seja o que for – e entre em comunhão com o Universo. Use uma roupa que você comprou ou guardou para este dia. Faça uma oferenda e uma prece: dedique os próximos passos a Deus. Peça a Ele para lhe guiar, proteger, mostrar o melhor caminho.Lembre-se: todos os seus atos são sagrados e necessários. Dê a eles o seu devido valor.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

De todo fenecer.


É como se o vento tocasse meu coração assim como toca meu rosto,
assim como invade minha alma
é você que toma conta do meu ser...
Intensamente em mim
é você na verdadeira magnitude,
da virtude de você ser meu tudo.
A criança que encontrei em ti
é a mesma que sempre morou em mim.
Tu és tudo aquilo que ilumina meus caminhos,
a estrela que clareia minha íris,
o âmago que só meu espírito conhece
e que a vida desconhece.
És o tom do meu coração,
o som da minha emoção,
és a dor que desconheço,
és a esperança que anoiteço,
a saudade que enlouqueço,
o eterno que em mim fica e se intensifica.
Eu te amo pelo simples fato de você existir,
eu te amo pelo mero fato de você não estar aqui.
Eu te amo porque amo muito mais você do que a mim.
Eu te amo porque nunca amei outra pessoa
como amei somente a ti.
Eu te amo porque cada traço teu
me faz feliz.
Eu te amo porque quando lembro, da certeza que te amo,
mais você cresce dentro de mim.
Te amo porque eu me entreguei só a ti.
Vejo que o tempo passou/passa, e as pessoas mudam, as casas saem/constróem/de/dos locais,
os carros passam/batem/viram/acabam-se,
as nuvens mudam de lugar/chovem/somem,
o sol se põe/nasce/esfria/esquenta.
O medo some/transforma-se.
A dor dói/machuca/ensina/mata.
A saudade amufina/transfigura/destrói/martiriza
na eternidade do ser,
que se finda na dor que eterniza...
A lua mingua/resplandece.
...E você,
em mim,
entristece,
adormece,
permanece/
fenece.
(Gilvan Lourenço - Fev/2012)

domingo, 5 de fevereiro de 2012

VOCÊ

(...) Sinto mais uma vez o amor,
que na sua infinda partida, na intensa dor e na nostalgica aflição renasceu um outro amor, você.
Você que trasncende meu olhar,
você que purifica minha alma,
você que renasce de mim,
você que unifica meu ser.
Você que esperei chorando,
que esperei na ansiedade,
mas nunca deixei de ter vontade de te amar de verdade.
Você...
Minha esperança,
minha razão,
minha multidão de pensamentos,
meu estrapolo de desejos,
minha vontade e minha convicção.
Meu complicado e atrapalhado,
lembrado e intrigado,
meu passado e meu tempo,
minha glória e minha derrota,
meu tudo incerto,
meu nada certo.
Você...
minha desistência, abstinência
e minha insistência.
Mas quem é você?


(Gilvan Lourenço - Set/2010)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As nossas faces da alma.


Busco em mim a a outra face,
a outra metade,
o outro Eu
perdido em pensamentos,
em vertigens supostas de um passado inexistente
pela sombra do medo
pela sombra do Eu que não quero me encontrar,
ou até mesmo desejo de encontrá-lo.

Procuro em ti o que eu não tenho em mim,
busco em mim o que eu nunca encontrei em ti.

E aqui estar a minha outra face,
minha outra metade,
meu outro Eu.

E assim me perco nas minhas dúvidas,
ou talvez
nas minhas certezas de que eu nunca vou te encontrar,
de que eu nunca vou te ter como meu coração te tem.

Tua face desconstrói todos os meus sentidos,
todos os meus pensamentos, todos os meus sonhos,
e é como se você fosse o âmago de minha alma,
a mais solitária, a mais sonhadora,
a incessante de sentimentos,
estes únicos...

Cada lágrima derramada,
escorrida pela minha face são exatamente
pela ausência infinda, tua, em minha vida.

Desejar te amar é como não querer morrer,
é como se a morte viesse sem eu mesmo querer.

Dizer que te amo seria falar em vão pelo simples fato de você nunca
estar aqui, junto a mim.

Ao menos teu abraço,
sem o teu beijo.

Ao menos o teu olhar,
sem paquerar.

Ao menos o teu cheiro,
sem eu nunca esquecer,
porque na verdade nunca te esqueci.

Ao menos o teu toque ,
sem a gente nunca ter se tocado.

Ao menos o teu sorriso,
sem rir de mim.

Ao menos o perigo de se atrever
no proíbido de te ter.

Ao menos o teu amor,
sem mesmo você nunca ter me amado
o quanto eu te amei,
o quanto eu ainda te amo!


(Gilvan Lourenço - Jan/2012)