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terça-feira, 10 de abril de 2012

Salmo 91 (Bola de Neve)

(Refrão)

Aquele que habita no
Esconderijo do altíssimo
Praga nenhuma o alcançará
Eu fiz do senhor
Minha rocha escudo e refúgio
E nenhum mal me sucederá

Me cobrirá com tuas asas e
E assim estarei seguro
Não temerei o espanto noturno
Nem flecha que voa de dia
Nem peste que anda na escuridão
Ou mortandade que assola ao meio dia
Mil cairão ao meu lado
Dez mil a minha direita
Somente com meus olhos
Eu olharei e verei

(Refrão)

Aos seu anjos dará ordem ao meu respeito
Para que guarde em todo o caminho que andar
Na sua destra me segurará
Para que eu não tropece em pedra alguma
Pisarei o leão e a cobra
Pisotearei o leão e a serpente
Eu fiz do senhor meu abrigo e habitação

(Refrão)

Por que tú me amas te resgaterei
Clama a mim e responderte-ei
Te protegerei pois conhece o meu nome
Te livrarei contigo estarei
Vida longa eu te darei
E te mostrarei a minha salvação

(Refrão)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

AMIGOS INVISIVEIS


Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação. Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente. Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado! O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade. Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar
dentro.Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles vamos nos ligar? num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento. Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de
mim. Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação.Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes. Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos? Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.
(Autor desconhecido)

sexta-feira, 6 de abril de 2012


" Não sei se me perco ou se me acho nessa infinidade de pensamentos, livres/soltos/perdidos de desejos, de amores vãs, de um amor tão intenso, tão único, absoluto. Mas sei que amo amo, amo e amo muito, amo a mim mesmo. A mim como uma canção... que ouço livre, assim como um pássaro, assim como o mar... assim como eu paixão única, assim somente eu só infinitamente como um grande amor jogado ao vento, ao mar do esquecimento".
(Gilvan Lourenço)

Provação e aprendizado


Quando a dor nos bate à porta e enche de sombras nossa vida costumamos chorar ou nos desesperar.Abatidos, olhamos em torno e invejamos os felizes do mundo: os que têm riquezas, os que aparentam não ter preocupações, os que têm saúde ou família perfeitas.Nessas horas de provação lamentamos e choramos. Raras vezes aproveitamos a ocasião para meditar e retirar aprendizados.Muitas vezes, aqui na Terra, as preocupações da vida material nos cegam.Ficamos tão aflitos com o que haveremos de comer ou de beber que esquecemos de que temos Deus, um Pai amoroso que cuida de todos nós.Acredite: ninguém está esquecido por esse Pai amoroso e bom, que faz nascer o sol sobre bons e maus, que faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.Muitas vezes nos perguntamos: Por que isso aconteceu comigo? A pergunta deveria ser diferente: Para quê isso aconteceu comigo?Sim, toda e qualquer experiência - sofrida ou feliz - traz um aprendizado importante. São momentos que vão enriquecer nossa alma.Deus não brinca com as nossas vidas. E se Ele permite que certas coisas aconteçam conosco é porque há um objetivo útil e importante para nós.Faça uma retrospectiva: observe os momentos difíceis de sua existência. Cada um deles trouxe algo de novo, um aprendizado especial. Cada lágrima acrescentou sabedoria, experiência, um novo olhar sobre a vida.A doença, por exemplo, nos ensina a valorizar a saúde, a cuidar melhor do corpo. A pobreza nos revela a importância do trabalho e do esforço pessoal. A família difícil nos oferece a lição da tolerância.Enfim, as privações nos ensinam a ser mais sensíveis perante o sofrimento alheio. Essas lições são interiorizadas: nós as guardaremos para sempre.Na verdade, as dificuldades são advertências que a vida nos apresenta, alertas sobre nossas atitudes perante o próximo.Se algo ruim nos ocorre, vale a pena se perguntar: O que posso aprender com isso? Como posso melhorar a partir desse episódio?Mas, atenção: nada disso significa que devemos cultuar a dor. Nada disso! Bem sofrer não significa cultivar o sofrimento, ser conformista ou agravar as dores que sofremos.Bem sofrer significa enfrentar as situações com fé e coragem, alimentar a esperança enfrentando as situações com serenidade.Assim, busque soluções, lute por sua felicidade. Mas faça tudo isso com tranquilidade.Quando desabarem sobre você as tempestades da vida, não se entregue à revolta destruidora. Silencie, ore e procure descobrir o aprendizado oculto que a situação traz.Acredite: por mais amarga seja a experiência, os frutos desse aprendizado jamais se perderão e eles poderão nos tornar mais sábios e generosos.Por isso, cada vez que as lágrimas visitarem seu rosto, erga os olhos para o céu e agradeça.Nas suas orações, peça a Deus a força necessária para superar o momento difícil e a inspiração para encontrar soluções.E Deus, que nos ama tanto, não deixará de atendê-lo na medida de suas necessidades espirituais.Quando o momento difícil passar, você se sentirá bem melhor se não tiver de lembrar que se entregou ao desespero, que gritou e se debateu.Em geral, a solução está bem próxima. Se estivermos transtornados de medo ou desespero, será mais difícil resolver o problema. Com calma, logo poderemos ver a luz no fim do túnel.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 12, ed. Fep.
Em 22.03.2010.

A SAUDADE


Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viajeiras, me convidaram para o banquete do dia.Levantei e percebi que não fora um pesadelo... A presença da sua ausência era a mais pura e triste realidade...Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da presença ou, talvez seja, simplesmente, saudade...Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento, carregando o pólen da vida, cantavam nos ramos do arvoredo delicada canção...Saí a correr, tentando fugir da furna escura dos meus padecimentos.A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam à frente impondo-me fadiga e desconforto...Embriagado pela saudade, meu ser ansiava pela paz...Em vão tentei exaurir as forças para livrar-me da dor, mas não lograva libertar-me do punhal da melancolia cravado no coração, e da lembrança da sua ausência...Quando, enfim, a tarde se escondeu no longe das montanhas altaneiras, outra vez tombei em mim mesmo, extenuado e só...Naquele momento desejei que o Todo Poderoso me dominasse com os fortes recursos da Soberana Misericórdia, livrando-me de mim mesmo...Parecia que não mais suportaria o espinho da saudade cravado em meu peito, já dorido e exausto...A ausência da sua presença queimava as fibras mais sutis da minha alma.E a presença da sua ausência feria-me o coração dilacerado e só...A noite devorou o dia e, ao escancarar a sua boca negra, mostrou a primeira estrela engastada no manto escuro, vencendo as sombras...Minutos depois, miríades de astros brilhantes compuseram o diadema da vitória total da luz...Só então, solitário e meditativo, compreendi como a minha canção de dor chegara ao ouvidos do Criador, que me respondeu em vibrações fulgurantes de esperanças à distância...
Só então compreendi que não há escuridão que resista a um simples raio de luz, e decidi acender a chama da esperança em minha alma.
E, só então, pude ouvir o Sublime Cancioneiro do silêncio e Suas melodias repletas de sons e paz, convidando-me a confiar em Seu infinito poder e entregar-me aos braços suaves da esperança...
* * *Se o manto escuro da saudade pesa sobre os seus ombros, ilumine-se com as pérolas da oração sincera em favor do bem-amado que partiu.
Preencha a ausência da presença com a lembrança dos momentos compartilhados nas horas alegres, e confie no reencontro feliz.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. LII do livroEstesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.Disponível no livro Momento Espírita, v.1 e no CD Momento Espírita, v.4, ed. Fep.Em 29.03.2010

terça-feira, 3 de abril de 2012

Enfrentando guerra mesmo faltando força.


Quero o destino que tanto busco.
Quero aquele que parece longe e impossível.
O que se distancia pelo maior fato de eu querê-lo tão intensamente,
seriamente meu.
Aquele que se esconde,
aquele que não tenho por mais que busco e almejo.
Aquele que me humilha, decepciona e magoa.
Aquele que me deixa vazio/sombrio, inerte do mundo,
inerte de mim;
Descrente de tudo, de todos e de mim
Do impossível poder acontecer...

Tanto riscos, tantas marcações erradas,
tantos resultados vãs...
Tanta espera vã...
Tantas provas sãs...
E eu coberto de esperança, ainda crendo, que o impossível pode acontecer...

E eu feliz agradecerei a falta de força por muitos, ainda, faltem quem torça,
por mim tanta dedicação e honra.

(Gilvan Lourenço - Aracaju, 30/03/2012)